Plataforma Escola Sesc registrou mais de 23 mil acessos e quase 195 mil atividades realizadas em abril
A pandemia de coronavírus virou de cabeça para baixo a rotina escolar de professores e alunos. A aprendizagem se tornou on-line e a demanda por novos modelos de ensino ficou mais evidente. Por conta do distanciamento social, a educação baseada na internet passou do patamar de “opcional” para uma ferramenta “necessária” à continuidade do trabalho das instituições de ensino. E essa experiência na Escola Sesc de Ensino Médio, do Rio de Janeiro, tem quebrado paradigmas para estudantes e docentes.
Em março, os professores da Escola Sesc de Ensino Médio iniciaram um trabalho de transição do ensino presencial para o modelo baseado em ferramentas virtuais – como videoconferências, chats, videoaulas, podcasts, download de arquivos, entre outros.
O trabalho de preparação permitiu que a volta às aulas por meio on-line, ocorrida no início de abril, tivesse o menor impacto possível no processo de aprendizado. Em especial, àqueles alunos em fase de preparação para as provas do Enem 2020.
Apenas no período de 6 de abril a 9 de maio, a Plataforma Escolar Sesc, da Escola Sesc de Ensino Médio registrou mais de 34 mil acessos de professores e alunos e quase 295 mil atividades realizadas. No total, 599 usuários interagiram por meio do sistema, com uma média de tempo de uso de mais de quatro horas diárias.
“Foi desafiador migrar do modelo presencial para o on-line em apenas duas semanas. Ao mesmo tempo, é gratificante perceber que em apenas um mês a grande maioria dos professores já está adaptada às plataformas digitais. Mesmo quem não tinha tanta familiaridade com as ferramentas. Uma lição nós vamos tirar dessa experiência: o olhar do professor vai mudar. Aquele modelo tradicional de ensino perde a importância e partimos para um modelo mais personalizado”, explica Daniel Lima, professor da Escola Sesc de Ensino Médio.
Para manter os professores atualizados, a Escola Sesc de Ensino Médio (que recebe alunos secundaristas de todo o Brasil) desenvolveu uma sala virtual que permite que seus educadores – entre outras facilidades – realizem discussões, dividam experiências, formas de aprimorar métodos de aprendizado e compartilhem arquivos de conteúdo de material didático com seus colegas.
Neste primeiro mês de ensino à distância, os orientadores da Escola estão monitorando comportamento dos alunos – sobretudo os fatores emocionais provocados pelo isolamento social, com potencial de gerar danos ao processo de aprendizado.
“A estabilidade emocional é fundamental para o aprendizado. Por meio do questionário bem-estar, semanalmente estamos conseguindo avaliar como os alunos estão lidando com a ansiedade. Em um mês, percebemos diminuição significativa do estresse provocado pelo isolamento”, explica a psicóloga Adriana Antunes, responsável pela avaliação.
Para os estudantes residentes em áreas com fraca cobertura de internet, por exemplo, a escola criou um atendimento especial permitindo o recebimento de material por e-mail e baixar os arquivos em uma única vez, causando o menor impacto possível no consumo de dados da internet. Além disso, há um canal direto com o professor via telefone.
Amazonas
No Amazonas, os alunos do Centro de Educação Sesc já estão se preparando para o Enem 2020. No Portal Educacional da Instituição, 275 alunos do ensino médio puderam fazer um simulado on-line em 15 de abril. No Amazonas, desde o dia 30 de março os alunos contam com aulas online, divididas em dois turnos.
Distrito Federal
No Distrito Federal, além das aulas regulares feitas por meio da internet e das plataformas utilizadas pela EduSesc Taguatinga, os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio têm acesso a uma biblioteca virtual com diversos conteúdos, como livros, ambiente de pesquisa e chat para tirar dúvidas com os professores.